ALCACHOFRA
Sinonímia popular:
Alcachofra-hortense, cachofra.
Parte usada:
Folhas, brácteas (cabeça), raízes.
Propriedades terapêuticas:
Antiesclerótico, digestiva.
Princípios ativos:
Cinarina (amargo cristalizável), Ácido cafeico, Pigmentos, Flavonóides (luteol), Glicosídeos, Cinarosídeos, Cinaropectina, Taninos, Mucilagens, Pró vitamina A, Vitamina C, Enzimas.
Indicações terapêuticas:
Psoríase, doenças das vias biliares e hepáticas, diabetes, icterícia, eczemas, erupções cutâneas, anemia, escorbuto, raquitismo, colesterol, hemorróidas, prostatite, uretrite, bronquite asmática, debilidade cardíaca, hepatite, colecistite.
Origem:
Planta européia das regiões do Mediterrâneo, sendo cultivada no sul da Europa, na Ásia menor e ainda na América do Sul, principalmente no Brasil.
Uso medicinal:
Possui substâncias com efeito benéfico nas doenças das vias biliares e hepáticas. Possui como princípios ativos a cinarina e o ácido cafeico que estimulam a formação da bile hepática, regularizam a formação de sais biliares e o colesterol, e o seu uso é indicado para os diabéticos. São usadas igualmente com sucesso contra a icterícia, cujos sintomas desaparecem mais rapidamente. As folhas reduzem a taxa de açúcar no sangue e são usadas como adjuvantes no tratamento da diabetes. Tem efeito antiesclerótico, ou seja, é um bom combatente do endurecimento das artérias e servem também para fabricar licores e bebidas amargas. O suco fresco é utilizado externamente para tratar eczemas e erupções cutâneas. O consumo da cabeça de alcachofra é excelente para quem sofre de anemia, pois é uma fonte muito rica em ferro. Por ter ação digestiva, auxilia também na prisão de ventre. Combate o escorbuto e o raquitismo pelo conteúdo de suas vitaminas. É portadora da enzima cinerase, que coagula o leite na fabricação de queijos. Possui como matérias minerais: cal, ácido silícico, óxido de ferro, cloreto de sódio, magnésio e ácido fosfórico.
Dosagem indicada:
Estimulante (hepático, vesicular e venal); artérias endurecidas; colesterol; diurético:
Coloque 1 colher (sopa) de folhas fatiadas em 1 xícara (chá) de água em fervura.
Deixe ferver por 5 minutos. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara (chá), 2 ou 3 vezes ao dia, antes das principais refeições.
Coloque 2 colheres (sopa) de folhas fatiadas em xícara de álcool de cereais a 70%.
Deixe em repouso por 5 dias e coe. Tome 1 colher (café) diluído em um pouco de água, antes das principais refeições.
Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco.
Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.
Inflamações rebeldes, anemia:
Consumir as brácteas tenras e cruas ou ligeiramente aferventadas (cabeça), comer duas a três vezes ao dia, durante algumas semanas.
Nefrite:
Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco do limão, 1 xícara três a quatro vezes ao dia.
Diabetes:
Consumir a cabeça da alcachofra ao natural, juntamente com suco de limão, três a quatro vezes ao dia.
Bronquite asmática:
Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco de limão e um pouco de azeite de oliva, 1 xícara de 3 a 4 vezes ao dia.
Hemorróidas, prostatite e uretrite:
Caldo em mistura com suco de cenoura ou limão, 1 copo quatro vezes ao dia.
Debilidade cardíaca:
Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, acompanhada de suco de limão.
Hepatite, colecistite, arterioesclerose:
Chá por decocção, na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, 1 xícara 3 vezes ao dia.
Diurético:
Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água. Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.
Uso culinário:
Lave muito bem 1 cabeça de alcachofra, coloque em água suficiente para cozinhar adicionando 1 folha de louro. Deve ser consumida ao dente, isto é, nem moles nem duras.
Contra-indicações:
Contra-indicado para alérgicos à alcachofra, quando há obstrução do canal biliar.